Desde pequena acostumei-me a ter o que queria. É claro, dentro das limitações econômicas de minha família, mas era muito fácil para mim ter coisas que não envolviam dinheiro. Por exemplo, nunca tive que arcar com grandes responsabilidades no que diz respeito ao serviço da casa. Por ser magricela, consegui convencer minha mãe que eu era muito fraquinha para fazer esse tipo de serviço e sempre ficava com as tarefas mais brandas. Minhas irmãs odiavam essa história, mas tinham que aceitar. Tudo porque eu sabia convencer as pessoas.
Esse é um exemplo simples da vantagem de se saber argumentar bem. Mas políticos fazem isso em todos os processos eleitorais, aproveitam-se da arte de bem argumentar para serem eleitos, e isso é bem mais sério do que fugir dos serviços domésticos. Eles convencem as pessoas a votarem nele, mesmo que não tenham muita capacidade para assumir os cargos que ocupam.
Argumentar bem traz consigo, ou deveria trazer, um dever de bem usar esse mecanismo.
Ao longo de minha vida fui beneficiada pelo fato de falar bem e ter esse dom de convencer as pessoas, de fazê-las acreditar em mim. Minhas redações sempre eram elogiadas, meus trabalhos escolares sempre recebiam nota boa, sempre consegui boas vagas de emprego, passei em diversos concursos públicos, e, acreditem, ainda tenho bem poucas responsabilidades nos serviços de casa. Agora, não mais por ser fraquinha, mas por trabalhar muito e ficar pouco tempo em casa.
É arte da retórica ao alcance de todos.Belo blog!!Abraços.
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